Tendo como característica a preferência por materiais locais, como terra, pedra, argila, fibras naturais (como palhas, sisal, junco) e outros, reduz-se gastos com transporte e fabricação, oferecendo edificações de baixo custo com as qualidades citadas no parágrafo anterior.
Um ponto que é preciso ressaltar nesta definição de bioarquitetura é que ela é mais válida para a concepção de ecovilas, estando estas localizadas no meio rural dos municípios. Fazendas, chácaras e casas de campo são obras que também podem se originar destas saudáveis técnicas construtivas, pois geralmente localizam-se em grandes lotes, tendo em volta elementos naturais disponíveis (terra, madeira, fibras vegetais e outros).
Já no meio urbano, onde já há uma forte infraestrutura consolidada, fica quase impossível se pensar em construir totalmente com materiais naturais, uma vez que os terrenos (em sua maioria) ficam cercados de asfalto e concreto, além das distâncias dos centros de matérias primas serem maiores. Porém, neste caso, do âmbito urbano, há alguns anos a indústria dos ecoprodutos, ou materiais sustentáveis, vem crescendo e atendendo à crescente demanda (ainda não tanta) por eles.
Vale aqui citar que há diferenças entre um material natural (o mais saudável) e um material sustentável. Ambos procuram impactar o menos possível a natureza, mas suas diferenças residem em suas origens: o material natural é utilizado na forma que é extraído (matéria prima “in natura”) e não passa pelo processo industrial que faz nascer um material sustentável. Este, por sua vez, é composto por materiais que já tiveram algum uso e estarão sendo transformados em um objeto novo, vamos assim dizer, fazendo prolongar seu ciclo de vida, muitas vezes colaborando com o prolongamento da vida útil de aterros sanitários.
Sanitário compostável
Estrutura em bambu
Telhado Verde